Algumas pessoas ainda olham a palavra holística com nariz torto. Talvez por relacionarem com questões mística ou por encararem como uma “nova moda”. Entretanto, algo que não podemos negar é que a aromaterapia chegou ao nosso país emaranhada dentro das práticas que eram nomeadas como holísticas, e isso não é um problema. Afinal, o termo holístico abrange aspectos importantes na prática do cuidado e que merecem ser olhados com maior atenção.
O termo holístico vem de holos que significa “olhar como um todo”. E as práticas que hoje chamamos de integrativas e/ou complementares ainda conservam esse aspecto essencial do que é o holismo: enxergar o ser humano como um ser complexo, para além do corpo, tomando em consideração seu psiquismo, suas emoções, seus aspectos sociais e também (por que não?) seus aspectos espirituais.
Encarar a aromaterapia como uma prática holística não é desvalorizá-la, pelo contrário! É mostrar o valor que existe em enxergar a completude da vida humana. Ainda podemos expandir o conceito de holismo, não apenas na forma da aromaterapia enxergar seu cliente, mas também, incorporando o aspecto holístico no modo de praticar o cuidado e até mesmo de encarar a matéria prima que utilizamos.

O holismo pode ser empregado na maneira como utilizamos os óleos essenciais, a partir do momento que essa prática é mais do que apenas a aplicação de um produto. Quando intencionamos o objetivo do nosso uso, ou quando elencamos aquele uso como uma forma de autocuidado e de carinho consigo mesmo ou com a família, estamos lidando com aspectos subjetivos importantes. Quando escolhemos cheiros que nos são mais agradáveis, quando os aromas nos despertam memórias, quando consideramos aromatizar um ambiente para agradar uma pessoa querida… Tudo isso é trazer o aspecto holístico no uso dos óleos essenciais.
Outro aspecto importante do holismo que já se observa frequentemente na aromaterapia, está na forma como é encarada a matéria prima utilizada na prática aromaterapêutica. Os óleos essenciais são compostos químicos, produtos com propriedades ativas para agir nos sistemas orgânicos. Para além disso, são ferramentas de bem-estar e por várias vezes são reconhecidos como instrumentos sutis que carregam aspectos espiritualizados e/ou psíquicos que extrapolam seu amontoado de moléculas. Isso é encarar também de forma holística os óleos essenciais.
Entende agora porque a aromaterapia é, e deve continuar sendo, uma prática holística? Ela vai na contramão das práticas cada vez mais especializadas que, por vezes, se ocupam tanto de uma pequena peça mecânica de nosso corpo e esquecem que somos muito mais do que um amontoado de células. E, juntamente com outras práticas que integram a complexidade humana, a aromaterapia tem o potencial de promover o cuidado integral e cada vez mais humanizado buscando o verdadeiro significado de saúde: o bem-estar biopsicossocial.
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