É comum ainda encontrarmos pessoas que acreditam que os óleos essenciais por serem naturais e, por vezes, extraídos de plantas que conhecemos e consumimos no dia a dia, são substância seguras, sem contraindicações ou que não têm efeitos colaterais. No entanto, não é bem assim. Vem com a gente entender melhor!
Os óleos essenciais são produtos químicos naturais, mas ainda são químicos. A sua forma extremamente concentrada é composta por moléculas que nem sempre têm um contato suave com a pele e esse é o principal motivo pelo qual profissionais da aromaterapia insistem tanto que se dilua essas substâncias antes de utilizá-las no corpo.
A composição molecular dos óleos essenciais é bastante variada, no entanto, apesar de chamá-los de “óleos”, essas substâncias têm composição mais próxima à solventes do que substâncias gordurosas. Seus compostos moleculares são capazes de dissolver diversas substâncias dependendo da forma e do tempo em que essas são expostas a eles.
Se você em algum momento passou pela experiência de aplicar óleos essenciais na pele e cobriu esse local com algo que impedisse a evaporação deste óleo essencial, talvez você tenha sentido essa região arder ou até mesmo queimar. Isso ocorre, pois, esses compostos conseguem romper a estrutura de proteção das células, degradando-as. Quando diluímos um óleo essencial, esse efeito é anulado e a aplicação se torna segura.

No entanto, existem algumas exceções que precisam ser consideradas. Primeiramente, é preciso atentar para uma boa conservação dos óleos essenciais, pois quando eles são muito expostos à luz, calor e ao ar, suas moléculas podem sofrer transformações e se tornarem mais abrasivas.
Além disso, existem alguns poucos óleos essenciais cuja composição é naturalmente abrasiva, mesmo quando bem conservados, e que requerem um cuidado extra no uso, com taxas de diluições muito mais conservadoras para evitar incidentes. Esses óleos são nomeados como dermoabrasivos, ou seja, abrasivos em contato direto com a pele. Em sua composição encontramos fenóis e aldeídos de tipos específicos que podem causar dores e queimaduras na pele quando utilizados de forma incorreta.
Alguns desses óleos essenciais são: Canela, Cravo, Orégano e Tomilho. Esses óleos são dermocásticos quando usados em taxas de diluições comuns; portanto, exige-se que sejam utilizados em dosagens abaixo de 0,5% ou até menores. Atenção: também são contraindicados para uso em crianças, idosos ou pessoas de pele sensível, independentemente da dosagem.
Existem outros óleos essenciais que não são necessariamente dermoabrasivos quando diluídos. Mas, por conterem aldeídos em grande quantidade podem, também, causar sensibilização dérmica se utilizados puros ou em pessoas de pele mais sensível, assim como os OE de Lemongrass (Capim Limão), Citronela e Verbena. Por isso, lembre-se sempre de procurar informações sobre os óleos escolhidos em sites de confiança e, principalmente, utilize-os sempre diluídos.
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