Posso usar óleos essenciais todos os dias?

O uso dos óleos essenciais tem se tornado uma prática diária na vida de muitas pessoas, especialmente com a popularização dos conhecimentos em aromaterapia e a facilitação do acesso das pessoas aos óleos essenciais. São usados como flavorizantes alimentícios, como recursos cosméticos e de higiene, além do uso para promoção do bem-estar no ambiente pela difusão aromática.

Essa popularização tem levantado questionamentos importantes sobre o uso contínuo dos óleos essenciais, principalmente no contexto terapêutico. Entenda, quando utilizamos os óleos essenciais em rotina cosmética ou para difusão aromática, esses usos são dados em quantidades menores que promovem uma exposição reduzida para garantir a segurança no uso. Ou ao menos deveria ser assim, tomando todos os cuidados necessários. No uso terapêutico, por sua vez, fazemos usos mais concentrados, levando em consideração um tempo determinado e reduzido de uso. Desta forma, é possível encontrar um equilíbrio entre tempo/dosagem para assegurar um uso sem riscos.

Mas, afinal, por que é importante fazer intervalos no uso dos óleos essenciais ou usar em quantidades bastante pequenas se fizer uso diário? O primeiro motivo é que alguns óleos possuem uma biodisponibilidade maior e podem fazer acúmulo de compostos em alguns tecidos do corpo humano, o que aumenta o risco de toxicidade por excesso destes compostos. Assim, o corpo precisa de alguns dias para fazer a metabolização e eliminação total desses óleos essenciais.

Outro motivo importante é o fato de que a presença do óleo essencial é capaz de ensinar ao corpo sobre as respostas que ele deve produzir. O uso contínuo faz com que o corpo não necessite adaptar o próprio comportamento, tornando-se dependente do óleo essencial para realizar o funcionamento desejado. Imagine que você está há alguns dias sem dormir bem e começa a utilizar os óleos essenciais. Na pausa de uso, há grandes chances de seu corpo se adaptar para conseguir reproduzir as condições neurológicas estimuladas anteriormente pelo uso do óleo essencial. Se o óleo essencial sempre estiver presente, o corpo não vê essa adaptação como algo necessário, logo, ela não acontece.

Além disso, os óleos essenciais tem potencialidade de trabalhar a causa dos distúrbios que geralmente buscamos equilíbrio. Se durante uma pausa no uso o corpo não conseguiu uma resposta adequada, isso pode significar que o óleo que está sendo usado apenas mascarou o sintoma em vez de tratar a causa do problema.

Desta forma, é importante atentar-se a fazer pequenos intervalos de tempos em tempos no uso dos óleos essenciais, se possível, buscando uma mudança de protocolo após esse intervalo. A variabilidade dos óleos essenciais é imensa e nos dá opções importantes para buscarmos um uso cada vez mais adequado às necessidades diárias sem necessariamente exagerar no uso ou se colocar em risco de intoxicação por excessos.

Uma forma fácil de fazer esses intervalos é evitar passar de 21 dias de uso contínuo, fazendo pausas de uma semana após esse período. Esse período é o tempo que o corpo humano leva para se renovar. E lembrando-se sempre: em aromaterapia, “menos é mais”!

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